A COMÉDIA NATALINA DOS PARLAPATÕES VOLTA EM TRÊS ÚNICAS APRESENTAÇÕES!

A COMÉDIA NATALINA DOS PARLAPATÕES VOLTA EM TRÊS ÚNICAS APRESENTAÇÕES!

 

Dia 30 de novembro, O Auto dos Palhaços Baixos faz a festa no  Espaço Parlapatões.

A tradição natalina dos palhaços volta, após dois anos sem ser apresentada! Conta a história de um diretor de cinema que sofre o corte da verba de patrocínio de seu filme sobre o Circo, em seu primeiro dia de gravação. Resolve aproveitar a mesma trupe, cenário e equipe para fazer um filme de Natal. O resultado é pura confusão. Ponto de partida para o olhar crítico dos palhaços parlapatônicos exercitarem toda a sua verve profana sobre o imaginário sagrado.

A sátira que em nada procura profanar as religiões em si, ao contrário, ridicularizam os homens que não compreendem a força da fé. Revive as farsas medievais que narram a história dos reis magos no caminho do nascimento do enviado de Deus. Pretexto para revelar o lado baixo e mesquinho daqueles que não conseguem seguir o seu rumo sem atrapalhar a vida dos outros. Excelente recurso para palhaços, que vivem se atrapalhando, por sua raiz de erros, em confronto com sua ingenuidade, elemento essencial da fé.

Apoiados em sua linguagem, de forte apelo popular, muito humor e participação intensa da plateia, os Parlapatões representam as trapalhadas de uma trupe mambembe ao se deparar com o desafio de representar seriamente o nascimento de Jesus para o cinema. Ainda mais quando o diretor do filme é um estressado, que não aceita o ridículo de forma alguma. Por final, ele acaba recebendo o grande aprendizado, se revelando um homem sem dimensões do tamanho de seu ridículo.


Não é de hoje que os palhaços fazem assim

Na tradição circense a representação de autos natalinos, de paixões de Cristo chega a se confundir com a própria história do circo-teatro. A representação melodramática, muitas vezes, podia conduzir a uma comicidade involuntária que sempre prometia uma versão mais claunesca dos temas sagrados. Uma encenação de um auto natalino por palhaços não é, portanto, uma novidade, mas pode ser um débito que muitos palhaços têm com as encenações teatrais.

Sua inspiração é também uma missa de palhaços, realizada na Escócia, que comemora o Dia Internacional do Palhaço, 10 de dezembro, na qual todos os participantes, do padre aos fiéis, do coroinha às carolas, estão caracterizados como palhaços. Aquilo que parece puro deboche ganha novo conteúdo, por seu aspecto patético. A revelação de um lirismo às avessas, onde a ingenuidade e a crueldade claunesca se deparam com os moralismos de uma sociedade que não se acredita ridícula. E que, no fundo, muitas vezes é até mais que os seus palhaços.

Uma representação festiva, alegórica, onde cada trecho já conhecido da velha história ganha uma nova e divertida versão. Traz a visão parlapatônica de um mundo confuso para o qual, a fé no homem e nos seus ideais mais puros, ainda podem apontar para a esperança carregada de bom humor. Uma quebra com a melancolia aparente da época de natal que muitas vezes não reflete a alegria do nascimento que a festa simboliza.

 

Ficha Técnica:

O Auto dos Palhaços Baixos
Texto e direção: Hugo Possolo
Elenco: Hugo Possolo, Raul Barretto, Claudinei Brandão, Alexandre Bamba, Fabek Capreri, Fernando Fechio,  Hélio Pottes e Tadeu Pinheiro
Banda: Fernando Thomaz, Daniel Xingu e Juninho V.
Coordenação Técnica e Iluminação: Reynaldo Thomaz
Operação de Som: Deivison Nunes
Figurinos: Acervo Parlapatões
Programação visual: Werner Schulz
Direção de Produção: Raul Barretto
Produção Executiva: Erika Horn
Produção e Comunicação: Janayna Oliveira

Serviço:

Quinta às 21h
Ingressos:
 R$ 40,00 (Inteira) R$ 20,00 (Meia)

Data: 30 de novembro, 07 e 14 de dezembro.
Classificação: 14 anos
Duração: 80 minutos
ESPAÇO PARLAPATÕES
Praça Franklin Roosevelt, 158 – Consolação
Tel. (11) 3061-9799
Ingressos na bilheteria do teatro ou pela Compre Ingresso:
www.compreingresso.com.br
Tel.: (11) 2122-403

Esse projeto foi contemplado na 30ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

               

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