EU CÃO EU
(montagem 2013)
O solo Eu Cão Eu, resultado da parceria entre o parlapatão Hugo Possolo e do diretor Rodolfo García Vázquez, do grupo Sátyros, relata um dia qualquer do cotidiano de um homem, até então, comum, que está insatisfeito com sua vida e passa admirar um vira-lata e sua liberdade de andar tranquilamente pelas ruas da cidade. Seu instinto é seguir o faro do cão para descobrir becos e esquinas por onde ele passa, refletindo a complexa semelhança entre o cão e sua própria identidade.
Passando por várias situações e personagens do centro da cidade, o homem anônimo se depara com suas dúvidas sobre sua existência e o fazem sentir preso ao cão como um vício incurável.
O desfecho da peça aponta para além do entrosamento dos dois personagens, homem e cão, releva como podem perceber o mundo até o último suspiro de suas vidas.
Diferente da grande maioria dos trabalhos de Possolo, em geral voltados ao humor, é um drama, abordado pela direção de Vázquez em uma encenação com raros efeitos de som e luz, apoiada apenas na intrerpretação do ator-autor.
Hugo Possolo
Diretor, autor, ator e palhaço, cursou Comunicação Social na Cásper Líbero e História na Universidade de São Paulo (USP). Junto à graduação, teve fôlego para aprender técnicas circense no Circo-Escola Picadeiro. Foi um dos fundadores do grupo de comédia circense e teatral, Parlapatões. No ano de 2006, fundou o Circo Roda e inaugurou o Espaço Parlapatões. Recentemente, criou também o centro de treinamento e ensaios Galpão Parlapatões. Já recebeu diversos prêmios, em destaque, a peça Não Escrevi Isto, vencedor do Prêmio Shell de melhor cenografia e com o grupo Pia Fraus, Prêmio Panamco e pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) nas categorias de melhor autor e espetáculo com a peça Farsa Quixotesca, ambas no final dos anos 90.
Parlapatões
Em 1991 os Parlapatões iniciaram suas atividades circenses e teatrais, voltados para a comédia, utilizando técnicas circenses e de teatro de rua. Seus espetáculos circularam em diversas capitais do Brasil e desatacaram-se nos principais festivais internacionais: FILO (Londrina), FIT (Belo Horizonte), Festival de Teatro de Curitiba e Porto Alegre em Cena.