Vaca de Nariz sutil

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Vaca de Nariz Sutil

Os Parlapatões montam a novela que trata da vida de um herói de guerra esquizofrênico.

Vaca de Nariz Sutil foi adaptada por Hugo Possolo há mais de vinte anos. O dramaturgo, que também dirige a montagem, traz ao palco uma encenação que passa pelo humor, mas tem forte acento no universo poético. Possolo está em cena junto aos parceiros de grupo Henrique Stroeter, Raul Barretto e Claudinei Brandão. No elenco está também Carolina Tilkian, selecionada para o papel em audição onde concorreram mais de 180 candidatas. E, completando o elenco, os atores convidados Potiguara Novazzi e Alexandre Bamba.

Ao longo dos dezessete anos dos Parlapatões a adaptação sempre esteve presente entre as possibilidades de montagem e, agora, numa fase em que o grupo se crê mais maduro, encontra o fértil momento de sua realização.

Colocar a obra de Campos de Carvalho aliado ao humor que caracteriza o grupo pode ser aparentemente contraditório, mas os estilos de Carvalho e do grupo de comediantes têm muito em comum. A encenação tem sua raiz no sarcasmo, no humor ácido, no limite do trágico, que a obra literária traz. Encontra um ponto comum quando não se pretende uma peça cômica e, sim, uma junção clara de humor e tragédia por meio da poesia. Uma busca constante do grupo que, por meio da diversão que seu humor e comunicação direta transitam, quer provocar a reflexão no espectador.

“Nossa investigação artística tem apontado um rumo: o de aliar o humor ao lirismo. Durante estes dezessete anos, em diversos espetáculos, com linguagens diferentes e um mesmo estilo, a busca não foi outra. Entre o humor e a poesia, ora pendendo a um lado, ora a outro, sempre buscamos esta aproximação”, diz Possolo.

Para traduzir esse elo humor-lirismo os Parlapatões querem construir novas relações com o público, se embrenhando nas fontes do non-sense, da loucura, da desmontagem das lógicas predominantes. “Do humor ao lirismo, sempre nos perguntamos: Como fazer o encontro do veneno e do perfume? Como esta alquimia pode consistir em uma obra de arte provocante e divertida, sem que a essência de ambos se perca no caminho?”, dúvidas que o grupo encara como parte de um processo contínuo, segundo Possolo.

A história e a narrativa de Vaca de Nariz Sutil, na obra de Carvalho, ferem cruelmente nossa existência, provocando uma reflexão sobre o fato irrefutável de um que um dia todos estaremos mortos. Muito mais que a qualidade da literatura de Carvalho, os Parlapatões querem trazer para o palco essa força provocativa, filosófica e instigante de sua obra.

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04-ficha-tecnica
Ficha Técnica

[/vc_column_text][vc_column_text]Texto: Hugo Possolo
Livre adaptação da obra homônima de Campos de Carvalho
Direção: Hugo Possolo
Elenco: Henrique Stroeter, Carolina Tilkian, Claudinei Brandão, Hugo Possolo, Alexandre Bamba, Potiguara Novazzi, (stand in: Janaína Enguel)

Cenografia: Luís Frugoli
Sonoplastia: Aline Meyer
Figurinos: Hugo Possolo
Adereços: Inês Sakai
Iluminação: Marcos Loureiro, Reynaldo Thomaz e Hugo Possolo
Vìdeo (Captação, edição e operação): Ronaldo Cahin
Operação de Som: Marcos Meneghessi
Operação de Luz: Reynaldo Thomaz
Locução: Paulo Pansani
Cenotécnica: Tkaceno – Dilson Tavares e Soraya kolle
Costureira: Alice Correia
Ass. direção: Fernanda Cunha
Programação visual: Werner Schulz e Paula Bauab
Comunicação: Vivian Dozono
Produção Executiva: Cristiani Zonzini
Assistente de Produção: Janayna Oliveira e Julio César Dória
Realização: Parlapatões, Patifes & Paspalhões Da Cooperativa Paulista de Teatro[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_row_inner][vc_column_inner][vc_column_text][/vc_column_text][/vc_column_inner][/vc_row_inner][vc_raw_html]RU0lMjBCUkVWRQ==[/vc_raw_html][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_row_inner][vc_column_inner][vc_column_text]

  IMPRENSA

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Um Solitário no Palco

O grupo Parlapatões monta “Vaca de Nariz Sutil”, de Campos de Carvalho, um romancista esquecido que vem sendo redescoberto pelo teatro

Por Walmir Santos

A cortina se levanta e eu decido improvisar tudo em tom humorístico e sem sentido”, diz o protagonista do conto O Segundo Sonho, de Walter Campos de Carvalho (1916-1988). A frase parece premonitória. O escritor mineiro escreveu seis romances, caiu no esquecimento e agora vem sendo redescoberto por meio, justamente, do teatro. Após a bem-sucedida montagem Aberbal Freire-Filho para o Púcaro Búlgaro (2006), chega aos palcos no fim deste mês a versão do grupo de comediantes Parlapatões, Patifes & Paspalhões, de São Paulo, para o romance Vaca de Nariz Sutil.

Campos de Carvalho era um sujeito ressabiado. Dos seis livros que publicou, renegou os dois primeiros, Banda Forra (1941) e Tribo (1954). Escreveu os quatro restantes – A Lua Vem da Ásia (1956), Vaca de Nariz Sutil (1961), A Chuva Imóvel (1963), O Púcaro Búlgaro (1964)- em pouco menos de dez anos. Nos outros 34, até sua morte, não publicou mais nada. Em que pese a curta trajetória (e o esquecimento em que sua obra caiu durante todo tempo), escritor consolidou um estilo, de assumida filiação surrealista, que tinha como originalidade a capacidade de trabalhar com os maiores devaneios numa proposta enxuta, precisa e sem volteios. Na definição do crítico Wilson Martins, Campos de Carvalho foi um “poeta maldito”, que desafiou todas as convenções ,as sociais e as literárias.

O diretor Hugo Possolo, dos Parlapatões, afirma que foi atraído pelos potenciais cômico e dramático nas situações, diálogos e ruminações do narrador de Vaca de Nariz Sutil . No texto, um homem retorna da guerra sem glórias e divide um quarto de pensão com um rapaz surdo-mudo. Gosta de freqüentar os botecos da cidade e, principalmente, o cemitério, o “Hotel Términus”, onde se enamora da filha do zelador do lugar, Valquíria. Mas acaba acusado injustamente de abusar da adolescente, que sofre de problemas mentais. Pressionado pela sociedade, toma um trem dali para nunca mais.

Na concepção de Possolo, o delírio desse personagem atravessa o espetáculo feito “locomotiva sem freios”. Imagens projetadas ajudam a dimensionar o frenesi de tempo e espaço no romance. Entretanto, o visual não é o único trunfo da montagem. “O importante é alcançar um interpretação mais visceral, um desafio e tanto para a gente que trabalha num registro mais farsesco”, afirma Possolo. Quem protagoniza o espetáculo é Henrique Stroeter. Com estilo histriônico, o ator sugere um descontrole pertinente a um personagem destemperado na fala e na ação física. Possolo, sempre um espevitado em cena, quem diria, vive o surdo-mudo Aristides. Raul Barretto e Claudinei Brandão, do núcleo artístico da companhia, desdobram-se nos demais papéis ao lado dois jovens também chamados para compor o elenco.

Certo, a vida não pode ser um poema – como frisa um dos personagens da peça – , mas pode render boas piadas. Possolo está no quinto tratamento da adaptação – seu primeiro contato com o livro se deu há pelo menos duas décadas. ” A gente quer juntar o veneno e o perfume”, afirma. O desejo é alcançar a crítica à hipocrisia da sociedade contida no texto de Campos de Carvalho por meio de sarcasmo, da ironia e da provocação. Nos jogos de linguagem de Vaca de Nariz Sutil , os provérbios são vitais: “Pago a pensão com a pensão que o Estado me paga pelo meu estado”, por exemplo.

O primeiro diretor a explorar em cena esse potencial de crítica e humor foi Aderbal Freire-Filho, na montagem de O Púcaro Búlgaro. Na peça, um certo Hilário cisma de fazer uma expedição para confirmar se a Bulgária existe – afinal, quantos búlgaros se conhecem andando por aí? “Tenho certeza que ele teria ficado contente ao ver o professor Rodamés Stepanovicinsky ao vivo, o personagem que faz o público delirar”, diz Aderbal, referindo-se ao “bulgarólogo” da peça.

A obra de Campos de Carvalho era um ponto tão fora da curva, tão diferente do que produzia no Brasil, que não foram poucos mal-entendidos. O Púcaro Búlgaro, por exemplo, publicado no ano-zero da ditadura militar, foi tachado de alienado “alienado” pelo cineasta Glauber Rocha em um artigo para O Pasquim. A favor do jornal, diga-se que acolheu crônica do escritor quando ele já vivia no recolhimento, em 1972. Os textos dessa fase foram publicados pela José Olympio no volume Cartas de Viagem e Outras Crônicas, organizado por Cláudio Figueiredo. A editora, quem em 1955 reuniu os quatros textos autorizados pelo autor, deve relançar ainda este ano os romances em volumes separados.

Quando escreveu o conto O Segundo Sonho, Campos de Carvalho o entregou ao também escritor Mário Prata, seu primo conterrâneo de Uberaba , em Minas Gerais. “Ele jamais podia imaginar que um dia estaria, não ele, mas sua obra no palco”, diz Prata. Ele visitou algumas vezes o apartamento em que o apartamento em que o romancista vivia com a mulher e pintora Lygia Rosa, no bairro paulistano do Higienópolis. “Ele era assim, cheio de mistérios e coincidências. Ateu confesso, morreu numa sexta-feira Santa, e o motorista do carro funerário se chamava Jesus”, conta.

No cemitério, não havia gente o suficiente para carregar o caixão, depois conduzido ao crematório. A condição humana sem retoques, a começar pela do próprio autor, serviu de matéria-prima de uma produção literária inigualável. “Campos de Carvalho se parece um pouco com a figura arquetípica do palhaço. Mistura as angústias mais íntimas da vida, o estágio de lirismo interior ,com a loucura de seus personagens”, diz Possolo.

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 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

[/vc_column_text][vc_column_text]Cenotécnica:

O cenário é composto por:
02 painéis vinílicos medindo 5 mts larg. x 4 lalt. mts.
02 pernas vinílicas medindo 1,2 mt. larg. x 7,00mt.alt.
06 biombos portáteis, medindo 2 mts. altura x ,80 cm da largura com rodinhas
04 cubos medindo 0,60 m²

Necessidades de Som:
02 Aparelhos para CD Caixas de som e retorno suficientes para as dimensões do palco e da platéia.

Necessidades de Vídeo:
01 projetor de 4.500 ancilumens
02 projetores de 2.500 ancilumens
02 DVDs
01 câmera
01 seletor de vídeo
01 preview
01 monitor
Cabos para operação da cabine
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