DECAMERON
Decameron, encenação dos Parlapatões que estreou em maio de 2024, reúne diversas histórias de diferentes épocas com a comicidade do grupo, mesclando novelas medievais com a linguagem festiva do teatro de revista. Inspirada na obra O Decameron, de Giovanni Boccacio, a peça faz um paralelo entre histórias que foram contadas em grandes pandemias: a Peste Bulbônica, de Idade Média e a recente Pandemia da Covid 19.
Num cenário de fim de mundo, dois arqueólogos descobrem uma foto que registra pessoas praticando o extinto gesto de abraçar e, quebrando protocolos, sentem a necessidade de darem um abraço. Assim apresenta-se ao público Decameron da versão parlapatônica, fruto de processo criativo colaborativo e fluido. Com dramaturgia de Hugo Possolo e dramaturgismo de Camila Turim, o espetáculo costura histórias e contextos, passado, presente e futuro, com uma linha do tempo ágil, sagaz, cômica, reflexiva e contemporânea, que atualiza o cultuado frescor da assinatura do grupo.
O narrador Boccacião faz a transição cênica entre os tempos até a chegada da era das redes não sociais, entre lives, podcasts, reuniões virtuais e tevês. “São histórias que refletem o mundo e o futuro a partir de nossas contradições, especialmente, as brasileiras. Afinal, ainda somos um país medieval?”, questiona Possolo.
A peça Decameron aborda tanto as novelas de Boccaccio quanto narrativas contemporâneas, que resultaram da quinta edição do Festival de Peças de UM MINUTO, realizado pelo grupo em 2020 durante a pandemia, transmitida ao vivo, sem plateia presencial, direto do palco do Teatro Porto Seguro.
A partir do projeto Ocupação Decameron, que envolveu mais de 120 artistas, entre diretores, dramaturgos, bandas musicais e grupos parceiros. Durante dez dias foram feitas dez apresentações nas ruas de São Paulo, com dez cenas cada dia, ocupando a Praça Roosevelt, o Parque Augusta e as escadarias do Theatro Municipal. Dessas apresentações foram escolhidas os textos e cenas que compõem o espetáculo Decameron.
O elenco, que performa criativamente com a dramaturgia, conta com Andreas Mendes, Camila Turim, Fernanda Cunha, Hugo Possolo, Leandro Vieira, Mawusi Tulani, Raul Barretto e Tadeu Pinheiro. A peça conta com textos de diversos autores contemporâneos, como Airton Nascimento, Andreas Mendes, Avelino Alves, Camila Turim, Hugo Possolo, Jo Bilac, Leandro Vieira, Luh Mazza, Marcelo Oriani, Mawusi Tulani, Michelle Ferreira e Nado Cappucci.